#361
Restava apenas um embrulho. Harry apanhou-o e apalpou-o. Era muito leve. Desembrulhou-o.
Uma coisa sedosa e prateada escorregou para o chão onde se acomodou em dobras refulgentes. Rony soltou uma exclamação:
– Já ouvi falar nisso – disse em voz baixa, deixando cair a caixa de feijõezinhos de todos os sabores que ganhara de Hermione. – Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.
– E o que é?
Harry apanhou o pano brilhoso e prateado do chão. Tinha uma textura estranha, parecia tecida com fios de água.
– É uma capa da invisibilidade – disse Rony, com uma expressão de assombro no rosto. – Tenho certeza de que é. Experimente.
Harry jogou a capa em volta dos ombros e Rony deu um berro.
– É, sim! Olhe para baixo!
Harry olhou para os pés, mas eles tinham desaparecido. Correu então para o espelho. Não deu outra, o espelho refletiu sua imagem, só a cabeça suspensa no ar, o corpo completamente invisível. Ele cobriu a cabeça e a imagem desapareceu completamente.
– Tem um cartão! – disse Rony de repente. – Caiu um cartão!
Harry tirou a capa e apanhou o cartão. Escritas numa caligrafia fina e rebuscada que ele nunca vira antes, estavam as seguintes palavras:
Seu pai deixou isto comigo antes de morrer. Está na hora de devolvê-la a você.
Use-a bem.
Um Natal Muito Feliz para você.
Não havia assinatura. Harry ficou olhando o cartão. Rony admirava a capa.
– Eu daria qualquer coisa para ter uma dessas. Qualquer coisa...
Capítulo 12, O Espelho de Ojesed
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