#318
Ele tornou a se curvar para o malão, mas quase imediatamente se endireitou, a mão apertando a varinha. Não ouvira, sentira uma coisa: alguém ou alguma coisa estava parado no estreito vão entre a garagem e a grade atrás dele. Harry apertou os olhos para enxergar melhor a passagem escura. Se ao menos aquilo se mexesse, então ele saberia se era apenas um gato sem dono ou... outra coisa qualquer.
– Lumus – murmurou Harry, e apareceu uma luz na ponta de sua varinha, que quase o cegou. Ele levantou a varinha acima da cabeça e as paredes incrustadas de seixos do nº 2, de repente, faiscaram; a porta da garagem reluziu e entre as duas Harry viu, com muita clareza, os contornos maciços de alguma coisa muito grande com olhos enormes e brilhantes.
Harry recuou. Suas pernas bateram no malão e ele tropeçou. A varinha voou de sua mão quando ele abriu os braços para amortecer a queda, e aterrissou com toda a força na sarjeta.
Ouviu-se um estampido ensurdecedor e Harry ergueu as mãos para proteger os olhos da luz repentina e ofuscante...
Com um grito, ele rolou para cima da calçada bem em tempo. Um segundo depois, dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam cantando exatamente no lugar em que Harry estivera caído. As duas coisas pertenciam, Harry viu quando ergueu a cabeça, a um ônibus de três andares, roxo berrante, que se materializara do nada. Letras douradas no para-brisa informavam: O Nôitibus Andante.
Capítulo 3, O Nôitibus Andante
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