#288
– Sabe o que é isso, Potter? – perguntou Snape, com os olhos mais uma vez brilhando perigosamente.
– Não – respondeu Harry, desta vez com absoluta honestidade.
– É Veritaserum, uma Poção da Verdade tão potente que três gotas fariam você confessar os seus segredos mais íntimos para a turma inteira ouvir – disse Snape maldosamente. – Agora, o uso desta poção é controlado por rigorosas diretrizes do Ministério. Mas a não ser que você tome cuidado com o que faz, vai acabar descobrindo que a minha mão pode escorregar sem querer – ele sacudiu de leve o frasquinho de cristal – bem em cima do seu suco de abóbora da noite. Então, Potter... então descobriremos se você esteve ou não na minha sala.
Harry não respondeu. Voltou mais uma vez sua atenção para as raízes de gengibre, apanhou uma faca e começou a cortá-las. Não gostou nem um pouco daquela história de Poção da Verdade, nem duvidou que Snape fosse capaz de ministrá-la furtivamente. Conteve um tremor ao pensar no que poderia sair sem querer de sua boca se tomasse a poção... sem falar que deixaria um bocado de gente em apuros – Hermione e Dobby, para começar –, havia ainda todo o resto que ele estava escondendo... como o fato de estar em contato com Sirius... e – suas entranhas reviraram só de pensar – seus sentimentos por Cho... O garoto acrescentou as raízes de gengibre ao caldeirão e se perguntou se deveria se guiar pela cartilha de Moody e começar a beber apenas de um frasco de bolso só seu.
Capítulo 27, A volta de Almofadinhas
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