#238
Tio Válter parou finalmente à porta de um hotel de aspecto sombrio na periferia de uma grande cidade. Duda e Harry dividiram um quarto com duas camas iguais e lençóis úmidos que cheiravam a mofo. Duda roncou, mas Harry ficou acordado, sentado no peitoril da janela, espiando as luzes dos carros que passavam enquanto pensava...
Comeram cereal velho e torradas com tomates enlatados frios no café da manhã do dia seguinte. Tinham acabado de comer quando a proprietária do hotel aproximou-se da mesa.
– Com licença, mas um dos senhores é o Sr. H. Potter? É que eu tenho umas cem dessas na recepção.
E ergueu uma carta para eles poderem ler o endereço em tinta verde:
Sr. H. Potter
Quarto 17
Railview Hotel
Cokeworth
Harry tentou pegar a carta, mas tio Válter afastou sua mão. A mulher ficou olhando.
– Eu recebo as cartas – disse tio Válter, levantando-se depressa e seguindo a mulher que se retirava do salão de refeições.
Capítulo 3, As cartas de ninguém
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