#207
A obra-prima de tia Petúnia, aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas estava flutuando junto ao teto. Em cima de um guarda-louça no canto, encontrava-se agachado Dobby.
– Não – disse Harry quase sem voz. – Por favor... eles vão me matar...
– Harry Potter deve prometer que não vai voltar à escola...
– Dobby... por favor...
– Prometa, meu senhor...
– Não posso!
Dobby lançou-lhe um olhar trágico.
– Então Dobby vai fazer isso, meu senhor, pelo bem de Harry Potter.
O pudim caiu no chão com um baque de fazer parar o coração. O creme sujou as janelas e as paredes quando o prato se espatifou. Com um estalido que parecia uma chicotada, Dobby desapareceu.
Ouviram-se gritos vindos da sala de jantar e tio Válter irrompeu pela cozinha onde encontrou Harry, paralisado de choque, coberto com o pudim de tia Petúnia da cabeça aos pés.
A princípio, pareceu que o tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda. ("É o nosso sobrinho... muito perturbado... ver estranhos o perturba, então nós o mantemos no primeiro andar...") Ele tangeu os Mason, muito chocados, de volta à sala de jantar, prometeu a Harry que ia chicoteá-lo e deixá-lo quase morto quando os Mason fossem embora, e lhe entregou um esfregão. Tia Petúnia desencavou um sorvete do congelador e Harry, ainda tremendo, começou a limpar a cozinha com o esfregão.
Capítulo 2, O aviso de Dobby
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