#160
– Você é um fantasma? – perguntou Harry incerto.
– Uma lembrança – disse Riddle com suavidade. – Conservada em um diário durante cinquenta anos.
E apontou para o chão perto dos enormes pés da estátua. Caído ali encontrava-se o pequeno diário preto que Harry encontrara no banheiro da Murta Que Geme. Por um segundo, ele se perguntou como aquilo chegara ali – mas havia assuntos mais urgentes a tratar.
– Você tem que me ajudar, Tom – disse Harry, levantando a cabeça de Gina outra vez. – Temos que tirá-la daqui. Tem um basilisco... Não sei onde está, mas pode chegar a qualquer momento... Por favor, me ajude...
Riddle não se mexeu. Harry, suando, conseguiu levantar metade do corpo de Gina do chão e se curvou para apanhar de novo sua varinha.
Mas a varinha desaparecera.
– Você viu?
Ele ergueu a cabeça. Riddle continuava a observá-lo – girava a varinha de Harry entre os dedos compridos.
– Obrigado – disse Harry, estendendo a mão para a varinha.
Um sorriso encrespou os cantos da boca de Riddle. Continuava a encarar Harry, girando distraidamente a varinha.
– Escute aqui – disse Harry com urgência, seus joelhos cedendo sob o peso morto de Gina. – Temos que ir embora! Se o basilisco chegar...
– Ele não virá até ser chamado – disse Riddle calmamente.
Harry depositou Gina outra vez no chão, incapaz de continuar a sustentá-la.
– Que quer dizer? Olhe, me dê a minha varinha, posso precisar dela...
O sorriso de Riddle se alargou.
– Você não vai precisar dela.
Harry encarou-o.
Capítulo 17, O herdeiro de Slytherin
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