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#156
Harry e Hermione correram para o amigo.
– Rony... você está bem?
– Onde está o cão?
– Não é um cão – gemeu Rony. Seus dentes rilhavam de dor. – Harry é uma armadilha...
– Quê...
– Ele é o cão... ele é um animago...
Rony olhava fixamente por cima do ombro de Harry. Este se virou depressa. Com um estalo, o homem nas sombras fechou a porta do quarto.
Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser tomado por um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso. Era Sirius Black.
– Expelliarmus! – disse com voz rouca, apontando a varinha de Rony para os garotos.
As varinhas de Harry e Hermione saíram voando de suas mãos e Black as recolheu. Então se aproximou. Seus olhos estavam fixos em Harry.
– Achei que você viria ajudar seu amigo. – A voz dava a impressão de que ele perdera o hábito de usá-la havia muito tempo. – Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr à procura de um professor. Fico agradecido... vai tornar as coisas muito mais fáceis...
A referência sarcástica ao seu pai ecoou nos ouvidos de Harry como se Black a tivesse gritado. Um ódio escaldante explodiu em seu peito, não deixando lugar para o medo. Pela primeira vez na vida ele desejou ter a varinha nas mãos, não para se defender, mas para atacar... para matar.
Capítulo 17, Gato, rato e cão
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