Hoje foi um dia muito especial para todos os fãs de "Harry Potter"!
Em comemoração ao vigésimo aniversário de estreia de "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", a Warner Bros. relançou o filme em sessões especiais por todo o Brasil.
Como de costume, publico mais um texto pessoal sobre o relançamento de um filme da série. Desde 2021, conto um pouco sobre como foram as experiências ao rever "Pedra Filosofal" e "Câmara Secreta" no cinema depois de duas décadas.
Eu tinha 10 anos quando o terceiro filme foi lançado. Eu já acessava a Internet e ficava entusiasmado ao saber as novidades sobre o filme mais sombrio da saga até então. Eram muitas as novidades divulgadas em sites, jornais, revistas e reportagens para a TV: um novo diretor (Alfonso Cuarón substituiu Chris Columbus, responsável pelos dois filmes anteriores), novos personagens (como tia Guida, Remo Lupin, Sibila Trelawney, Sirius Black e outros), novas criaturas (Bichento, Bicuço e os temerosos dementadores), novas reviravoltas na vida do Harry, e, claro, a substituição do intérprete de Alvo Dumbledore. O ator Richard Harris faleceu em 2002 e Michael Gambon ficou com o papel do diretor de Hogwarts. Nas fotos de divulgação, era possível ver as semelhanças entre os dois atores, mesmo com uma leve sofisticação no visual do Dumbledore (acredito que nem todas as crianças perceberam a troca dos atores).
O filme é muito mais sombrio que os anteriores e, pelo que me lembro dos poucos vídeos que vi à época, antes do lançamento nos cinemas, a "fotografia" era outro ponto importante para ser notado (embora eu não soubesse o significado da técnica nesse caso específico): as cenas eram mais sombrias (ou "escuras") e o suspense ajudava nessa percepção. Além disso, Harry e seus amigos estavam crescendo, o filme estava mais assustador, havia um "novo Dumbledore" e a frase do pôster era "Nada será como antes"... o que mais eu poderia esperar?
Foi uma grata surpresa! Tanto que eu vi o filme duas vezes no cinema em um curto espaço de tempo. Além de ser mais um novo capítulo de "Harry Potter", o Rony estava mais engraçado, Hogwarts estava em perigo, Sirius Black estava atrás do Harry, os dementadores ficavam à espreita... Eram muitas informações para serem apreciadas por uma criança somente uma vez! Como eu já conhecia o livro, eu estava ainda mais curioso para ver como seria a adaptação — o que acontece até hoje: nós imaginamos como é um personagem no livro e ficamos ansiosos para vê-lo como será no filme. E eu, com 10 anos, aceitava as novidades sem nenhuma crítica! Aliás, o universo de "Harry Potter" é perfeito, não é?
Depois de vinte anos, pude presenciar novamente o encanto do público com o filme. Muitas crianças e adolescentes (que nem eram nascidos em 2004) estavam usando cachecóis, blusas e camisetas do Mundo Bruxo. Mesmo que todos nós (não é difícil supor) já tenhamos assistido ao filme incontáveis vezes em DVD e Blu-ray, no SBT e na TV paga, e, mais recentemente, no streaming, a oportunidade de assistir ao filme no cinema com outros fãs que riam e ficavam em silêncio nas mesmas cenas que eu só deixaram a sessão ainda mais agradável e acolhedora. E os aplausos no fim do filme validaram essas sensações.
O que deu um carinho a mais para o relançamento de hoje foi ter assistido a "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" sabendo que foi o primeiro filme de Michael Gambon no papel de Alvo Dumbledore. O ator morreu em setembro do ano passado e sua contribuição ao personagem é inestimável. Dumbledore não parecia mais aquele bruxo tranquilo: ele estava mais enérgico e, também graças ao roteiro, mais engraçado.
A nostalgia, aliada ao sentimento genuíno por uma história que acompanho desde criança, realmente fez a experiência de hoje valer a pena (de novo).
E, assim como comemoramos as reestreias de "Pedra Filosofal", "Câmara Secreta" e "Prisioneiro de Azkaban", que venham os vinte anos de lançamento de "Cálice de Fogo", "Ordem da Fênix", "Enigma do Príncipe" e "Relíquias da Morte - Partes 1 e 2"! ⚡
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