#95
– Mas... eu impedi Sirius e o Prof. Lupin de matarem Pettigrew! Assim vai ser minha culpa se Voldemort voltar!
– Não vai, não – disse Dumbledore em voz baixa. – A sua experiência com o viratempo não lhe ensinou nada, Harry? As consequências de nossos atos são sempre tão complexas, tão diversas, que predizer o futuro é uma tarefa realmente difícil... A Profª Trelawney, abençoada seja, é a prova viva disso... Você teve um gesto muito nobre salvando a vida de Pettigrew...
– Mas se ele ajudar Voldemort a voltar ao poder...!
– Pettigrew lhe deve a vida. Você mandou a Voldemort um emissário que está em dívida com você... Quando um bruxo salva a vida de outro, formase um certo vínculo entre os dois... e estarei muito enganado se Voldemort aceitar um servo em dívida com Harry Potter.
– Eu não quero ter nenhum vínculo com Pettigrew! – exclamou Harry. – Ele traiu os meus pais!
– Assim é a magia no que ela tem de mais profundo e impenetrável, Harry. Mas confie em mim... quem sabe um dia você se alegrará por ter salvado a vida de Pettigrew.
Harry não conseguiu imaginar quando seria isso. Dumbledore parecia ter adivinhado o que o garoto estava pensando.
– Conheci seu pai muito bem, tanto em Hogwarts quanto depois, Harry – disse o diretor com carinho. – Tiago teria salvado Pettigrew também, tenho certeza.
Harry olhou para o diretor. Dumbledore não riria – podia lhe contar...
– Ontem à noite, eu pensei que tinha sido o meu pai que tinha conjurado o meu Patrono. Quero dizer, pensei que estava vendo ele quando me vi atravessando o lago...
– Um engano normal – disse Dumbledore gentilmente. – Imagino que já esteja cansado de ouvir dizer, mas você é extraordinariamente parecido com Tiago.
Exceto nos olhos... você tem os olhos de sua mãe.
Capítulo 22, Novo correio-coruja
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