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A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que fora cortado com tanta violência que as tiras de tela se amontoavam no chão; grandes pedaços do retrato haviam sido completamente arrancados.
Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio, e viu os professores McGonagall, Lupin e Snape que vinham, apressados, ao seu encontro.
– Precisamos encontrá-la – disse Dumbledore. – Profª McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.
– Vai precisar de sorte! – disse uma voz gargalhante.
Era Pirraça, o poltergeist, sobrevoando professores e alunos, encantado, como sempre, à vista de desastres e preocupações.
– Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? – perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco. Ele não se atrevia a atormentar o diretor. Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua gargalhada escandalosa.
– Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores. Chorando de cortar o coração – informou ele, satisfeito. – Coitada – acrescentou em tom pouco convincente.
– Ela disse quem foi que fez isso? – perguntou Dumbledore em voz baixa.
– Ah, disse, Sr. Diretor – respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande bomba nos braços. – Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende. – Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas. – Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.
Capítulo 8, A fuga da Mulher Gorda
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