#114
Harry hesitou. Lançou um olhar desconfiado às bruxas e aos bruxos que dormiam nas paredes. Certamente não faria mal se ele apanhasse o chapéu e o experimentasse outra vez? Só para ver... só para se certificar de que ele o pusera na casa certa...
Sem fazer barulho, deu a volta à escrivaninha, tirou o chapéu da prateleira e colocou-o devagarinho na cabeça. Era largo demais e lhe cobriu os olhos, exatamente como acontecera da primeira vez em que o experimentara. Harry ficou olhando a escuridão dentro do chapéu, à espera. Então uma vozinha disse em seu ouvido: "Caraminholas na cabeça, Harry Potter?"
– Ah, é – murmurou Harry. – Ah, desculpe incomodá-lo, eu queria perguntar...
– Você anda se perguntando se o coloquei na casa certa – disse o chapéu sabiamente. – Sei... você foi particularmente difícil de classificar. Mas mantenho o que disse antes – o coração de Harry deu um salto –, você teria se dado bem na Sonserina...
O estômago de Harry afundou. Agarrou a ponta do chapéu e o tirou. Ele pendeu inerte em sua mão, encardido e desbotado. Harry o devolveu à prateleira, sentindo-se mal.
– Você está enganado – disse em voz alta para o chapéu imóvel e silencioso que não se mexeu. Harry recuou, observando-o.
Capítulo 12, A Poção Polissuco
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