#79
– Aaaaaaah! – guinchou Lilá Brown, apontando para o lado oposto do picadeiro.
Trotavam em direção aos garotos mais ou menos uma dezena dos bichos mais bizarros que Harry já vira na vida. Tinham os corpos, as pernas traseiras e as caudas de cavalo, mas as pernas dianteiras, as asas e a cabeça de uma coisa que lembrava águias gigantescas, com bicos cruéis cinza-metálico e enormes olhos laranja vivo.As garras das pernas dianteiras tinham uns quinze centímetros de comprimento e um aspecto letal. Cada um dos bichos trazia uma grossa coleira de couro ao pescoço engatada em uma longa corrente, cujas pontas estavam presas nas imensas mãos de Hagrid, que entrou correndo no picadeiro atrás dos bichos.
– Upa! Upa! Aí! – bradou ele, sacudindo as correntes e incitando os bichos na direção da cerca onde se agrupavam os alunos. Todos recuaram, instintivamente, quando Hagrid chegou bem perto e amarrou os bichos na cerca.
– Hipogrifos! – bradou Hagrid alegremente, acenando para eles. – Lindos, não acham?
Harry conseguiu entender mais ou menos o que Hagrid quis dizer. Depois que se supera o primeiro choque de ver uma coisa que é metade cavalo, metade ave, a pessoa começava a apreciar a pelagem luzidia dos hipogrifos, que mudava suavemente de pena para pelo, cada animal de uma cor diferente: cinza-chuva, bronze, ruão rosado, castanho brilhante e nanquim.
Capítulo 6, Garras e folhas de chá
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