#22
Harry ficou parado em furioso silêncio, olhando zangado para Dumbledore. Que estava acontecendo? Será que isto significava que, de fato, o diretor dera ordem a Snape para descobrir o que Malfoy estava fazendo, caso em que já teria sabido de tudo que Harry acabava de lhe contar pela boca do próprio Snape? Ou será que estava realmente preocupado com o que ouvira e fingia não estar?
– Então, senhor – perguntou Harry num tom que desejava que fosse educado e calmo –, o senhor decididamente ainda confia...?
– Já fui bastante tolerante em ter respondido a essa pergunta – replicou Dumbledore, mas sua voz já não parecia muito tolerante. – Minha resposta não mudou.
– Eu acharia que não – falou uma voz irônica; evidentemente era Fineus Nigellus que apenas fingia estar dormindo. Dumbledore não lhe deu atenção.
– E agora, Harry, devo insistir que nos apressemos. Tenho coisas mais importantes a discutir com você hoje à noite.
Harry sentiu-se revoltado. Que aconteceria se ele não permitisse a mudança de assunto, se insistisse em sua suspeita contra Malfoy? Como se tivesse lido a mente de Harry, Dumbledore balançou a cabeça.
– Ah, Harry, com que frequência isso ocorre até entre os melhores amigos! Cada qual acredita que o que tem a dizer é muito mais importante do que qualquer coisa que o outro tenha a contribuir!
– Eu não acho que seja pouco importante o que o senhor tem a dizer – disse Harry, formal.
– Bem, você tem toda razão, porque não é – respondeu o diretor com energia.
Capítulo 17, Uma lembrança relutante
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