A decisão veio depois que Kerry Kennedy, presidente da fundação Robert F. Kennedy Human Rights, emitiu uma declaração no início deste mês sobre os comentários de Rowling a respeito de suas opiniões sobre a comunidade trans.
"Ao longo de junho de 2020 - Mês do Orgulho LGBTQ - e para minha consternação, J.K. Rowling postou tweets e declarações transfóbicas profundamente perturbadoras", publicou Kennedy no site da fundação, antes de detalhar os casos em que a autora britânica "escreveu de forma fluente e desdenhosa sobre a identidade dos transgêneros."Kennedy também cita o ensaio que Rowling publicou em junho (leia o texto traduzido aqui), no qual ela se aprofundou ainda mais a respeito da discussão. Kennedy declarou que está desapontada com a autora porque ela "escolheu usar seus dons notáveis para criar uma narrativa que diminui a identidade de pessoas trans e não binárias, minando a validade e integridade de toda a comunidade transgênero - uma que desproporcionalmente sofre de violência, discriminação, assédio e exclusão e, como resultado, apresenta altas taxas de suicídio, tentativas de suicídio, falta de moradia e danos físicos e mentais."
"Mulheres trans negras e jovens trans em particular são o alvo", acrescentou Kennedy.Na última quinta-feira (27), Rowling respondeu com uma declaração publicada em seu site oficial:
"Por causa do sério conflito de pontos de vista entre mim e RFKHR, sinto que não tenho outra opção a não ser devolver o prêmio Ripple of Hope concedido a mim no ano passado", disse a autora. "Estou profundamente triste que RFKHR tenha se sentido compelido a adotar essa postura, mas nenhum prêmio ou honra, não importa minha admiração pela pessoa que o recebeu, significa tanto para mim que eu perderia o direito de seguir as regras de minha própria consciência."Rowling ainda declarou que o posicionamento de Kennedy "implica incorretamente que eu sou transfóbica e que sou responsável por causar danos a pessoas trans".
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