Johnny Depp revela como foi interpretar Grindelwald

O ator Johnny Depp, que raramente comentava em entrevistas sobre seu papel como Gerardo Grindelwald em "Animais Fantásticos", conversou bastante durante visitas nos sets de "Os Crimes de Grindelwald".

A seguir, apresentamos um compilado de seus depoimentos (via SnitchSeeker), onde o ator revelou um pouco sobre sua colaboração com a autora J.K. Rowling, o diretor David Yates e o produtor David Heyman para a interpretação do vilão do Mundo Mágico.

Depp também expressou sua alegria em se juntar à franquia, tendo sido um antigo fã de "Harry Potter" (incluindo sua alegria em possuir a Varinha das Varinhas), e os toques pessoais que ele adicionou ao visual e comportamento de Grindelwald.

"Há um ritmo na maneira como Grindelwald fala, uma cadência, que atrai você. Em última análise, o que eu senti sobre o personagem em termos de sua presença é que seria um exercício de quietude. Quero dizer, suas palavras são importantes, mas o que é ainda mais importante com Grindelwald é o significado oculto dessas palavras. É o diálogo que é silencioso — o significado entre as linhas. É quase hipnótico."

Sobre dar vida a Grindelwald:

"Eu não poderia estar mais honrado por ter sido convidado para este mundo por David Yates, David Heyman e J.K. Rowling. Eu me senti completamente humilde para ser pensado para qualquer coisa em uma das histórias brilhantes de J.K. porque eu a admiro muito. Quando a ideia surgiu pela primeira vez, ela e eu conversamos por horas, e o que me surpreendeu foi que Jo nunca me ditou uma vez como Grindelwald deveria estar. Ela me deu informações para construir a estrutura e, assim, você trabalha dentro dos limites dessa estrutura, mas ela também estava muito aberta às minhas ideias.

"Uma das coisas mais bonitas que já ouvi na minha carreira foi quando Jo disse: 'Mal posso esperar para ver o que você faz com o personagem'. Obviamente, todos esses personagens são muito preciosos para ela, então, para ela confiar em mim nesse nível foi muito emocionante e me deu um impulso de confiança."

"Uma das coisas sobre as quais David, Jo e eu conversamos foi que teria sido simples interpretar Grindelwald apenas como um cara mau, mas ele está fazendo o que ele realmente acredita que é certo, a qualquer custo. Seu discurso é sobre harmonia, mas dentro de seus parâmetros — significando que a única maneira de alcançar essa harmonia é através da dominação do mundo bruxo e pela compreensão de que existem pessoas que são dispensáveis. Se eles estão no caminho, então eles devem ser despachados. E ele é bastante calmo sobre isso."

"Como ator, seu trabalho é ser fiel às intenções do escritor e à visão do diretor, então eu tento dar opções aos cineastas. E a mente de David está tão ligada aos trabalhos de J.K. Ele entende sua arte, e é quase como entender as pinceladas de um grande pintor."

Ao colaborar novamente com a figurinista Colleen Atwood (os dois trabalharam juntos em vários filmes durante suas carreiras):

"Acho que trabalhei com Colleen Atwood mais do que qualquer outra pessoa no cinema. Ela é um gênio. Ela vai falar com você sobre seu personagem e fazer perguntas. Então ela volta e começa a construir o que é essencialmente sua armadura. O guarda-roupa deveria ser sobre encontrar o personagem — você coloca essas roupas e, de repente, você começa a ficar de um jeito diferente, se movimentando de um jeito diferente... Colleen é a rainha disso."

"Ele tem um olho branco, que não era nada que J.K. tenha sugerido. Foi uma escolha que fiz, e sou muito grata por ela e David terem aceitado o que simbolizava para mim. Representa sua outra metade — sua capacidade de transformar um mínimo de gentileza ao brutal em um nanossegundo."

Sobre a posse de Grindelwald da Varinha das Varinhas e o poder que vem dela, o ator declara:

"Eu fiquei impressionado. Na minha opinião, eu não registrei no início que era a Varinha das Varinhas. Mas então percebi que Grindelwald tem o instrumento mágico mais poderoso, seja ruim ou bom."

"Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" já está em exibição nos cinemas brasileiros. A nossa crítica pode ser lida aqui.